"Estamos orgulhosamente sós"

Para eles, aqui deixo algumas das coisas boas que o regime salazarista tinha (algumas tiradas do livro de António Costa Santos “Proibido”):
- Era proibido beber Coca-Coca (coca-cola = a cocaína. É nós não queríamos cá tugas mocados a arrotar que nem malucos)
- As mulheres não tinham direito de voto, nem podiam exercer nenhum cargo político (olha lá correr o risco de ter uma Odete Santos aos gritos no parlamento e a queimar soutiens!)
- Era proibido jogar às cartas no comboio (percebo e concordo. Picas a jogar à sueca é muito deprimente. e depois quem é que picava?!)
- As professoras tinham que pedir autorização para casar e só era concedida se o homem tivesse um ordenado superior ao dela (acho bem! Homem que é homem tem de ganhar mais!)
- Era proibido dormir nos bancos do jardim (mas jogar às cartas podia ser!!!!)
- Era proibido usar isqueiros sem licença (vá… uma caixinha de fósforos até podia ser… daqueles pequeninos!)
- A PIDE perseguia todo e qualquer opositor do regime (mas só aqueles que eram realmente maus… os bonzinhos e justos não!!)
- As enfermeiras não podiam casar para se poderem dedicar totalmente à sua profissão (“Sra. enfermeira por favor ajude-me fui atacada por um doido com um isqueiro!” - AHHH, agora não posso que tenho de ir fazer a sopa ao meu marido”)
- Era preciso autorização do marido para sair do país (e para quê é que essas malucas queriam sair do país sem autorização dos maridos?!)
- Era obrigatório um fato de banho de duas peças (AH pois é!! não havia nada dessas modernices de mamocas ao léu)
- Um homem podia matar a sua mulher se a apanhasse em flagrante a traí-lo (Putas! Só tinham o que mereciam!)
- O comprimento das saias das raparigas era medido à entrada da escola, para que os joelhos não aparecessem (não fossem os maridos ricos das professoras trocá-las por miúdas mais novas e devassas!)
Que saudades!!!
11 Comentarios:
Oi, lhe convido a conhecer meu blog
MÃE,ESPOSA,DONA DE CASA, TRABALHADORA.....
http://adrianaviaro.blogspot.com/
bjs
Proibido, porquê?
Desculpa estar, minha amiga,
Contigo em contradição;
Que em toda esta cantiga
Nem sempre terás razão…
Se não era permitido
A Coca-Cola beber,
Era só com o sentido
Nossa “pinga” proteger…
Fica também a saber
Que p'ra guarda-sol usar
Na praia, - até custa a crer,
Também tinhas que pagar!...
As mulheres já tinham voto
Estava na Lei, é verdade,
Punham-no em saco roto,
Que era curta a Liberdade…
Jogar às cartas no trem,
Eu essa é que não sabia
Tem a certeza, porém,
Que muita gente o fazia…
Enlace das Professoras,
Ninguém deve ficar fulo;
Era p’ra bem das Senhoras
Para as proteger dos “ chulos “…
Concordas, julgo que sim,
Que nos usos se recua:
Dorme-se hoje no jardim,
E há quem durma… na rua.
O isqueiro, estás a ver,
A licença era a maneira
De assim tentar proteger
A indústria fosforeira.
A PIDE, mal afamada,
Ainda hoje faz tremer
Julgo que anda disfarçada
Mas que ainda a há…podes crer!
Coitadas das enfermeiras
Não se casavam! Porém,
Consta que nas “ brincadeiras”
Se safavam muito bem!...
Do marido, a esposa,
Precisava permissão,
Para toda e qualquer coisa
Mas isso era a tradição!
Já antes do Ditador
Na praia havia recato;
E em nome do pudor
“Maillot” causou desacato…
De oito, passou para oitenta,
Hoje é mais branda a Moral,
Já toda a mulher ostenta
O simples “ fio dental “…
Se em adultério flagrante,
Marido a mulher matava,
A ela e ao seu amante
O juiz o desterrava.
Da Comarca, para fora,
Dizia o Código Penal,
Que foi promulgado outrora
Pelos Reis de Portugal.
E também o adultério
Dava pena de cadeia…
Se fosse hoje – caso sério –
Estava a prisão sempre cheia!...
Nos Liceus, então, só entra,
Decentinha uma catraia;
Mas foi nos anos sessenta
A moda da mini-saia!...
De tudo o que fica escrito
Chego a este resultado:
Nem por tudo, o maldito
Do Salazar foi culpado!...
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Tenho em versos comentado
Os teus posts, por prazer,
Mas não tens replicado
E fico triste a valer…
Disse coisas, a brincar,
Que terão algum interesse;
Para poder continuar,
Queria que a “Eva Luna” as lesse.
Se tiveres algum reparo,
Das brincadeiras que digo,
Diz-me que acabe, e eu paro,
Não me meto mais contigo!
Retribuo a visita feita ao meu blog.
Foi um prazer, :-), volte sempre que o entender pois será bem vinda.
Quanto ao seu cantinho, tambéu eu gostei.
Em relação à época que precede o 25 de abril, só fala com saudosismo, provavelmente, quem não a viveu.
Também eu posso dizer que dela não tenho recordações, o que sei é o que ouço falar, mas prezo muito a minha liberdade.
Beijinho
As pessoas estão tão perdidas… que precisam de uma padrão de referência, precisam de voltar a uma base segura. Elas não estavam seguras nessa altura, mas tinham quem pensasse por elas, e isso para algumas pessoas é óptimo, porque pensar custa …
Adriana
passei pelo teu espaço e agradeço a visita!
Paapao
Sabes que leio sp os teus versos, já o disse de outras vezes... é certo que nem sp os comento, mas quero que saibas que me deixam sp com um sorriso! Qto ao post... temos ideias diferentes, isso é bom... ainda bem que estamos num país livre, onde podemos expressar as nossas ideias!(se bem que ultimamente tenho duvidas em relação a isto)
Ternura
Obrigada pela vista, volta sp e viva a liberdade!
Andreia
realmente pensar custa... mas vale o esforço!
Viva a Liberdade...de todos
Cultivo o humor, por bem,
Mas tendo sempre o cuidado
De não magoar ninguém
Ao querer fazer-me engraçado!
Se minha veia se solta
Sai fácil a versalhada,
E feliz se à minha volta
Sair uma gargalhada.
Mas sem querer, posso ferir
Quem seja mais susceptível;
Quero ver todos a rir
Para tal faço o possível.
Só quem considero amigo
É por mim parodiado;
Só se melindra comigo
Quem não é contemplado!
Eu a ti não te conheço
A não ser deste cantinho;
Todavia tenho apreço
Pelo que em ti adivinho.
Deves ser, pelo que vejo,
Excelente camarada,
Aproveito sempre o ensejo
De levar-te uma risada.
Mas tenho andado intrigado
Porque tanto tenho escrito,
Sendo por ti olvidado
Como se eu fosse um proscrito.
E até cheguei a julgar
Que não davas atenção,
Ou nem lias se calhar
Os versos que p´ra ti vão.
Mas fico mais sossegado
Pois que, de modo conciso,
Aqui deixaste um recado
Envolvido num sorriso.
Fico feliz por saber
Que tal sorriso mereço,
E gostas sempre de ler
Os comentários que teço.
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Sobre o antigo regime
Também tenho o teu conceito;
Se um ditador nos oprime
Não nos merece respeito.
Quis levar para a reinação
O que no post se disse,
Que tanta proibição
Era mesmo uma chatice!...
Mas só chamei a atenção
Que alguns actos proibidos,
Já vinham por tradição
Lá de trás, dos tempos idos|
Mas se um tirano é culpado,
No poder só se aguenta,
Se o povo que é governado
Com apatia o sustenta.
Prezo muito a Liberdade,
- A minha e de toda a gente -
Mas tenho responsabilidade
Se sou, sem ela, indiferente.
E olha que com esta gente
Dela se faz tão mau uso,
Que nem sei se actualmente
Povo é livre …ou obtuso!
Gosto sempre do que escreves e nunca deixo de ler até ao fim todas as tuas quadras! E confesso que tenho alguma curiosidade em saber quem és... :o)
Quanto ao regime, claro que todas estas proibições tinham uma "lógica"... só que era só a de uma pessoa, o Salazar!
Querida amiga Eva luna, a revista ou não deu com o norte; carago!!! , ou vem a pé!!! Ainda cá não chegou...Beijocas
Olá Noquitas
mas já a enviei à tanto tempo!!! acho que ainda tenho a tua morada... vou enviar outra vez amanhã!
Era mesmo tudo proibido. Sorte de quem não foi adolescente no tempo da outra senhora. abraço. antónio costa santos
olha, olha! :) Tão giro!
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