Eva Luna

"Pensei que enquanto pudéssemos permanecer calados era como se nada se tivesse passado, o que não se nomeia quase não existe, o silêncio vai-o apagando até o fazer desaparecer." Isabel Allende

quarta-feira, novembro 21, 2007

ELOGIO AO AMOR por Miguel Esteves Cardoso

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há! Estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "Tá! Tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banalidades, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.

O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos.

A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

segunda-feira, novembro 12, 2007


Às vezes apetecia-me ser um polvo....

Mais um desafio!

Este veio da Ternura, mas como era muuuiiittttoooo grande, cortei umas coisitas!

Olhos: Dois
Cabelo: bastante
Altura: a suficiente
Signo: O melhor!!!
Fraquezas: algumas

Medos: hummm de alguns bichos!
Objectivo que gostaria de alcançar: ganhar o Euromilhões
Coca-Cola ou Pepsi: nenhuma
Café ou Capuccino: café sempre

Fumas: só quando bebbo
Bebes: só quando fumo

Palavrões: só quando bebo e fumo
Perfume: nunca sei o nome
Canta: canto…. mal, mas canto!
Gostava da escola: por acaso gostava!
Acredita em si mesmo: às vezes tenho duvidas…
Como quer morrer: não vou morrer nunca!!!
Cicatrizes: faço colecção
Do que se arrepende de ter feito: nada

Cor favorita: cor de laranja e cor de rosa
Matutino ou Nocturno: funciono melhor à noite
O que tenho nos bolsos: nada
Em 10 anos imagino-me: medo… nem sei!

sexta-feira, novembro 09, 2007




quarta-feira, novembro 07, 2007

Acredito
em Deus
nas pessoas
que vivemos para sempre
nos olhares
nos sorrisos
nos livros
em mim
nos GPS
no google
no amor
nas mudanças
na vida noutros planetas
no destino
na incompetência

Não acredito
que o mar deixe de ser salgado
no Pai Natal
em fadas, bruxas ou duendes
que sopa de cenoura faça os olhos mais bonitos
nos príncipes
em coincidências
nas sondagens
nas promessas de amor eterno
que o lobo mau continue a comer o capuchinho vermelho
na eternidade
no Sócrates
que o champô Johnson nunca arda nos olhos
que o dinheiro não traz felicidade
que ainda estão a ler isto!

Eis a questão?!

Porque será que os Brasileiros não gostam dos Portugueses?! Tenho um amigo que tem uma namorada brasileira (que vive em Espanha) e ao contrário daquilo que eu pensava ela não gosta de Portugal, não gosta dos Portugueses, queixa-se que é vítima de xenofobia e pela maneira como fala, aposto que se tivesse um G3 na mão nos fuzilava a todos!!!
Que faz parte do imaginário cultural dos Brasileiros não gostarem do Portugueses (assim como nós não gostamos de Espanhóis e os Espanhóis não gostam de nós), não é novidade para ninguem, mas talvez precisem de alguns esclarecimentos culturais…

Falam de nós com desdém e ressentimento e dizem que lhes roubámos o ouro… que por acaso era nosso… porque o próprio Brasil era nosso!! Dizem que só são católicos por causa da nossa evangelização… mas esquecem-se que os “Pais de Santo” e “Iemanjá”, assim como outros cultos católico-pagãos, foram-lhes levados, essencialmente, pelos Africanos… ou seja… NÓS!
Acham que não são caucasianos porque quem levou os negros para lá fomos nós… A verdade é que, se nós não tivéssemos uma certa tendência para misturas, talvez os nativos fossem puros índios e tivessem mais auto-estima. Assim, poderiam ter sido
colonizados por ingleses ou espanhóis. Que, neste ultimo caso, lhes daria todas as probabilidades de possuírem um “ar tão europeu” como por exemplo os Argentinos. (o que seria vantajoso porque deixariam de os odiar. Algo muito benéfico em dias de futebol!).

Gosto de pensar no Brasil como uma segunda casa, sem presunções ou superioridades nacionalistas!

“A estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência. A inteligência tem limites, a estupidez não!” Claude Chabrol

segunda-feira, novembro 05, 2007

Desafio da B

Amigos (porque são o melhor do mundo)
Bicicletas (por paixão)
Cantar (que não sei, mas adoro)
Doces (porque sou fã!)
E mais?! (porque há sempre mais)
Férias (porque tenho saudades)
Gato (que eu queria ter)

Hoje (porque amanhã nunca se sabe….)
Imaginação (porque sou pró)
Jamais (vou envelhecer)
Lua (cheia de preferência)
Mãe (por paixão)
Nunca dizer nunca (porque não vale a pena)
Orgasmos (porque nunca são demais)
Proibido (porque é uma palavra que odeio)
Querer é poder! (porque acredito)
Rir (por paixão)
Sport life (por filosofia de vida)
Tudo ou nada (porque o meio termo não me chega)
Um dia chego lá... (porque chegarei)

Viajar (para descobrir)
Xailes (porque gosto e não consigo usar)
Zzzzzzzzzzzzz (porque tenho insónias)

sexta-feira, novembro 02, 2007

Desconfiados?!?!? Nããããã!!!!!

Os estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da "World Values Survey", destinados a medir o grau de desconfiança e falta de civismo dos diferentes países (26 a estudo), mostram que os portugueses são, em média, os europeus mais desconfiados (25ª posição). Estamos à frente dos franceses (24º lugar) e da maioria dos outros povos desenvolvidos ( EUA, Japão, Austrália e Canadá).

Mais desconfiados do que nós, só mesmo os Turcos.

Regra geral, os Portugueses acham que desconfiar dos outros e das instituições nunca é demais! No outro extremo, os suecos e os dinamarqueses admitem por regra confiar nas outras pessoas e nas suas instituições.

Não querendo parecer desconfiada, e porque ouvi esta noticia no jornal da manhã da TVI, vou agora confirmar ao site da LUSA.